<$BlogRSDUrl$>

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

A strange kind of love 

A strange kind of love
A strange kind of feeling
Swims through your eyes
And like the doors
To a wide vast dominion
They open to your prize
This is no terror ground
Or place for the rage
No broken hearts
White wash lies
Just a taste for the truth
Perfect taste choice and meaning
A look into your eyes
Blind to the gemstone alone
A smile from a frown circles round
Should he stay or should he go
Let him shout a rage so strong
A rage that knows no right or wrong
And take a little piece of you
There is no middle ground
Or that's how it seems
For us to walk or to take
Instead we tumble down
Either side left or right
To love or to hate

Peter Murphy

terça-feira, junho 28, 2005

O requinte de um bom acabamento 

O corpo humano é demais variado. Todas as pessoas que olhamos têm características diferentes que as tornam únicas, no seu esplendor, na sua falta dele, no meio-termo (que também o há). Por muito que percorremos os olhos por uma pessoa, homem ou mulher, e por muito que a sociedade tente uniformizar os nossos corpos, as diferenças estão sempre lá... e não há nada a fazer. Em todos nós há mais ou menos a mesma coisa, na teoria somos todos iguais. A diferença está na prática.
Eu gosto de chamar a algumas partes do nosso corpo os "acabamentos". Como nas casas os acabamentos marcam a diferença e a embelezam, podem até marcar a diferença entre uma simples casa e uma vivenda, também no nosso corpo há características que são verdadeiras "piéce de résistance".
Desde as pestanas às unhas tudo isso é acabamento, mas o mais belo são os lábios. Não há nada mais insinuoso, particular, pessoal, íntimo... É o mais perfeito acabamento do nosso corpo. Perdia apenas para os olhos, se esses fossem acabamento, que não o são.

sexta-feira, abril 29, 2005

Um minuto, por favor 

Juntem-se pequenos pedacinhos de coisas retiradas do que está á nossa volta. Por vezes não damos conta do que nos rodeia, passamos tempos imensos, muito mais que horas, absorvidos numa rotina, à procura de realizar um objectivo, por vezes seria saudável parar para pensar.
Tristemente aprendi o valor disto já tarde, quando já não seria possível criar em mim esse hábito. Talvez numa altura em que já funciono, em todos os sentidos, de uma forma tão mecanizada e particular, também tão imperfeita. Seremos todos assim no entanto, cabe-nos então tomar consciência do que nos falha. Será? É assim tão importante saber o quão limitados somos, quando se não o soubermos nunca poderemos admitir ter tais fraquezas. É como o indivíduo que desconhece ter a doença incurável que o vai matar. Ao desconhecer esse facto ele vai continuar a sua vida feliz ou infeliz, mas terá menos uma coisa com que se preocupar. Por outro lado, saber que vai morrer dentro em breve pode transformar os próximos dias do homem que vai então fazer o que sempre quis, aproveitar o tempo que lhe resta.
É então mais uma questão de como se encaram as coisas em vez de ter conhecimento delas. Já que conhece-las é inevitável, agora ou na hora da nossa “morte”. Teremos a chamada “morte do artista”. Quem sabe olhar para si, para os outros, para tudo está, concerteza, um pouco mais desalentado com as irregularidades comuns ao ser humano. A resignação é um caminho, mas o que digo é que é essencial desenhar-se um caminho alternativo, ter consciência das coisas é o primeiro passo, saber viver com elas é o segundo, colmatá-las é para predestinados.

segunda-feira, abril 04, 2005

A missa 

Este Domingo nasceu solarengo, contrastando com os últimos dois dias. Ainda na cama, José não consegue evitar ouvir o sonoro ruído projectado do apartamento em frente. Amigos de longa data José e Fonseca, seu vizinho da frente, já haviam partilhado muitas histórias. O concerto de Rammstein em Berlim, ao qual assistiram há três anos, era agora o tema de pensamento de José enquanto estava deitado na cama, meio a sonhar, meio a ouvir o Asche Zu Asche que ecoava do andar do Fonseca pelo prédio inteiro.
- Baixa essa merda! – Gritou José da porta do seu andar, descalço e em boxers.

O som rapidamente desvaneceu. À porta surgiu Fonseca com o Record na mão:
- Então dred, parece que já não curtes o som! Parece que ainda foi ontem que lá andávamos no meio daquele people todo a curtir a cena. No meio daquelas alemoas góticas muita boas...
- Ó Fonseca vai cagar. Foda-se, achas que são horas para teres o som nessa altura?! Quem é que ganhou ontem?
- Quem achas?
- Caralho, já lá não vamos este ano outra vez... Bem, vou-me despachar. Vens?
- Estás louco ó quê? Achas?
- Tá-se bem. Até logo.

José apressou-se, tomou o seu duche e o pequeno almoço, vestiu-se e saiu em direcção à igreja de Nossa Senhora, uns quatrocentos metros rua abaixo. Desde miúdo que frequenta aquele sítio. Todos os Domingos lá vai à missa, não reza, não canta e não comunga. Todas as semanas as mesmas caras á excepção de uma ou outra, igualmente desinteressante. O mesmo grupo de escuteiros que canta sempre as mesmas músicas, que ainda que sejam diferentes parecem todas iguais. Todas as semanas os mesmos olhares de reprovação, os mesmos mexericos, os mesmos comentários que José não ouve mas pressente. No entanto ele sempre lá foi, nunca faltou um domingo, excepto aquele que sucedeu o concerto de Rammstein num Sábado, em Berlim.
Hoje José olhou em volta antes de entrar na igreja. Havia muita gente na Rua, poucas caras desconhecidas poucos olhares fixados nele que ele já não tivesse visto antes, excepto um. Esse era diferente, era um olhar que não o incomodava, não lhe fazia pressentir repreensão. Não era um olhar que concluía que o seu longo cabelo e as tatuagens que apresentava nos antebraços significavam inegavelmente tratar-se de um toxicodependente. José sentiu-se confortável e especou naquele olhar durante vários segundos, até que todos começaram a entrar.
A eucaristia começa, José sente-se bem, inesperadamente bem, como nunca antes. Está sentado num banco, no mesmo de sempre, ao seu lado, contudo, algo mudou. A dona Celestina da mercearia não é, desta vez, a simpática camarada do lado. À sua direita está uma jovem com longos cabelos negros, condizentes com a sua indumentária, a sua maquilhagem, a pintura nas sua unhas. A cabeça baixa faz com que os negros cabelos impeçam José de vislumbrar a face da jovem.
À medida que a missa decorre a rapariga não muda de posição, não reza, não canta e não comunga. O tempo todo esteve ao lado de José com o qual formou uma única forma subversiva de encarar o ritual, o mesmo que todos os outros naquele local. No fim saem lado a lado, agora José consegue observar a beleza do rosto, mas é o olhar que parece comunicar com ele. Quando chegam à rua ela olha-o nos olhos, ele ficou paralisado, aquele momento preencheu-o de alguma forma, um contacto imediato foi estabelecido:
- Toda a gente vem aqui em busca da perfeição. - Disse a rapariga enquanto se olhavam inseparavelmente. E continuou:
- Aqueles vêm em busca de Deus, que é perfeito. Mas Deus não existe.
- Então porque cá vens? – Perguntou José sem conseguir desligar-se dos olhos da rapariga.
- Não sei. Tu sabes porque cá vens?
- Não.
- De alguma forma sempre senti que era aqui que encontrava a perfeição, a felicidade. O facto de ter a certeza que Deus não existe, nunca me pareceu uma razão lógica para não vir. – Afirmou ela sorrindo.
- Como te chamas?
- Maria. Tu?
- José. Vais voltar cá?
- Não, já não é preciso. Não achas?

José sorriu, deu-lhe a mão e seguiram os dois rua acima olhando-se nos olhos preenchidos pela perfeição.

sexta-feira, fevereiro 04, 2005

O Mário 

O Mário sempre foi um rapaz divertido. Tem muitos amigos, uns que sabe que são verdadeiros, outros que são de ocasião e outros conhecidos a quem só diz "Oi!". O Mário sabe que estes últimos não devem ser mencionados como amigos e já os de ocasião não deveriam existir. Mas como é um rapaz simpático, o Mário não se importa com estas coisas e deixa a sua vida rolar ao sabor do acaso mas de forma devidamente controlada.
O Mário é jovem e gosta da irreverência típica que a juventude lhe confere. Gosta de sair com o pessoal, jogar à bola, apanhar bebedeiras e muito mais. Em casa o Mário é feliz. Tem uns pais com o espírito jovem, que sempre o acompanharam, que confiam nele e que, por isso, sempre o apoiaram em tudo.
Além de tudo isto o Mário tem um tesouro enorme. A sua namorada Anabela. Ela é a rapariga mais bonita da escola, claro que só podia andar com o Mário que é o rapaz mais popular lá do sítio. Eles são felizes, têm uma relação estável, gostam muito um do outro e já viveram momentos inesquecíveis.
Só que o Mário sempre foi um rapaz de quem as raparigas gostavam muito. Em tempos, antes de andar com a Anabela, o Mário não tinha namoradas fixas e limitavca-se a ter relacionamentos curtos e baseados no físico. E foram alguns... Hoje, após oito meses de namoro com a Anabela, o Mário acordou com saudades desses tempos. De repente, um sentimento que o consome mas uma sensação de instabilidade. O Mário recrimina-se por estar sequer a pensar em ter outra rapariga que não a Anabela, que ama. Não compreendendo o que se passa tenta refelctir sobre tudo isto. Sente-se deprimido e recorre a um amigo.
Em conversa com Fábio, Mário conta a estranha sensação que sentira:
-"É uma vontade de descobrir algo novo e diferente, mas depois invada-me um sentimento de culpa."
-"Talvez estajas cansado da relação" - retorquiu Fábio
Mário, frustrado, virou costas e partir para sua casa onde se refugiou no quarto. Os pensamentos sobre tudo aquilo assombravam-no. Não compreendia porque é que acordara com aquela vontade de partir novamente para as relações curtas. Ao mesmo tempo a que mantinha com Anabela era tão perfeita e como sempre desejara, que não concebia estar farto, como o seu amigo dissera. Então o que se passara?
No dia seguinte o mesmo, e no outro também... uma semana se passara e nada muda, sempre o mesmo sentimento. Durante todo este tempo, Mário escondeu o que sentia de Anabela, com sucesso. Ela não se apercebera da confusão que ia na cabeça do seu namorado. Durante este curto mas imenso tempo, o rapaz sofre com esta situação, mas nunca fez nada para magoar Anabela.
Um dia, de manhã chega à escola e espera-o Anabela, como sempre. Mas ela parece diferente:
- "Mário, temos que falar."
- "Ontem encontrei o Fábio. Sabes que eu já era amiga dele antes de vocês se conhecerem?"
- "Sim, claro."
- "É que... bem, nós começámos à conversa e... de repente... aproximámo-nos e..."- disse Anabela balbuciando
- "Então fala!"- disse Mário num tom carinhoso enquanto lhe passava a mão pelo cabelo
- "Nós sempre fomos muito amigos sabes... amigos... tipo... estás a ver?"
- "Sim, compreendo." - disse Mário antes de virar costas e partir em direcção à sala de aulas.

sábado, julho 24, 2004

Nobody Home 

Nobody Home I got a little black book with my poems in.Got a bag, got a toothbrush and a comb.When I'm a good dog they sometimes throw me a bone.I got elastic bands keeping my shoes on.Got those swollen hands blues.Got thirteen channels of shit on the TV to choose from.I got electric light,And I got second sight.Got amazing powers of observation.And that is how I know,When I try to get through,On the telephone to you,There'll be nobody home.I got the obligatory Hendrix perm,And the inevitable pinhole burns,All down the front of my favorite satin shirt.I got nicotine stains on my fingers.I got a silver spoon on a chain.Got a grand piano to prop up my mortal remains.I've got wild, staring eyes.And I got a strong urge to fly,But I got nowhere to fly to ...fly to... fly to... fly to.Ooooo Babe, When I pick up the phone,There's still nobody home.I got a pair of Gohill boots,And I got fading roots.

sexta-feira, junho 25, 2004

Diário de um indivíduo em FreakShow bloqueado 

Retirado de um diário de um indivíduo que sofria de FreakShow bloqueado. Esta patologia do foro psicológico fazia com que o paciente estivesse constantemente em FreakShow. Acabou por falecer devido a um acidente doméstico quando tentava "reabastecer-se com gás própano" (nas próprias palavras antes da explosão), para poder continuar o concurso de flatulência com outros amigos igualmente doentes.

Dia 1
Estou tão contente que sinto borboletas no estômago. Lembrei-me que os lagartos gostam de borboletas e assim resolvi apanhá-las. Meti a mão pela boca adentro, mas vomitei-me todo. Fui buscar uma rede mas quando a ia a por na boca fui ó greg outra vez. Pensei e cheguei à conclusão que era melhor esperar até que me desse a vontade de cagar.

Dia 2
Estive a cagar agora. Nem consigo agarrar bem no lápis porque ainda tenho as mãos a escorregar, devido a remexer nos cagalhões. Não encontrei borboletas. Mas descobri que os caroços das azeitonas não de desfazem na digestão.

Dia 3

Amanhã tenho teste de matemática. Estive a estudar, mas para me concentrar fui ver uns sites na net. Depois, concentrado, estudei e já decorei o Teorema de Cox, a Razão Dicks, a Fórmula de Fagot...

Dia 4

Hoje o Máltizer tinha um camisola do Real Madrid com o nome David Kéka-me. Bué fixe!

Brain Damage 

The lunatic is on the grass
The lunatic is on the grass
Remembering games and daisy chains and laughs
Got to keep the loonies on the path
The lunatic is in the hall
The lunatics are in my hall
The paper holds their folded faces to the floor
And every day the paper boy brings more
And if the dam breaks open many years too soon
And if there is no room upon the hill
And if your head explodes with dark forbodings too
I'll see you on the dark side of the moon
The lunatic is in my head
The lunatic is in my head
You raise the blade, you make the change
You re-arrange me 'till I'm sane
You lock the door
And throw away the key
There's someone in my head but it's not me.
And if the cloud bursts, thunder in your ear
You shout and no one seems to hear
And if the band you're in starts playing different tunes
I'll see you on the dark side of the moon

"I can't think of anything to say except...
I think it's marvellous! HaHaHa!"


This page is powered by Blogger. Isn't yours?